quinta-feira, 5 de abril de 2012

A auto-estrada





Apesar de ser o quarto álbum do Kraftwerk, Autobahn é  considerado o verdadeiro ponto de partida da banda. Ralf Hütter e Florian Schneider tinham se conhecido em 1968 e formado grupo – e seu estúdio eletrônico experimental Kling Klang-  no início de 1970.

Depois de anos tocando no circuito universitário, em clubes e galerias de arte, onde aperfeiçoaram sua música, Ralf Hütter e Florian Schneider compuseram e gravaram a faixa-título “Autobahn” – uma sinfonia à base de sintetizadores -, numa parceria com o poeta e pintor Emil Schult. Inspirada pelas longas viagens nas auto-estradas alemãs, a música marcou a separação definitiva da banda e de seus colegas de Krautorock.

Em Autobahn, com a participação dos percussionistas Wolfgang Flür, e Karl Bartos, Hütter e Schneider cristalizaram o som primitivo e a imagem fria que se caracterizavam o kraftwerk.

O Álbum contém obras sublimes da “Electronic-Volks-Musik”, como as faixas “Mitternacht”, “Morgenspaziergang” e “Kometenmelodie”, mas a foi a faixa-título que se tornou o símbolo da carreira internacional do Kraftwerk.

O Álbum foi um sucesso nos Estados Unidos e na Europa e virou um marco do pop minimalista de vanguarda. Com disse Ralf Hütter, em 2003 “Em Autobahn, nós colocamos barulho de carros, metais, melodias básicas e motores afinados. Ajustamos a suspensão e a pressão dos pneus, rolamos pelo asfalto e usamos aquele som intermitente quando as rodas passam por cima das faixas. É uma poesia sonora, muito dinâmica.”

Autobahn é cinema para os ouvidos.

“As vezes, eu sinto o gosto dos sons. Há mais sensações do que aqueles captadas pelo ouvido. O corpo inteiro pode sentir os sons.” Florian Schneider, 1975

Fonte: 1001 Albums You Must Hear Before You Die





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