Membro dos Tangerine Dream e Ash Ra Tempel, morre aos 74 anos
Rapidamente, ao lado dos Can, Neu!, Faust, Tangerine Dream ou do Kraftwerk, granjeou culto, sinalizando um novo futuro dominado pela tecnologia, constituindo uma manifestação da capacidade de regeneração alemã, recusando tanto o passado, como a influência maciça americana na cultura popular.
Muito do que de significativo aconteceu depois da segunda metade dos anos 70 no campo das composições electrónicas, seja as mais ambientais e abstractas, ou as mais dançáveis e próximas da música tecno, acabam por conter influência da sua actividade, não só do ponto de vista sonoro, com padrões sequenciados, motivos cósmicos e texturas envolventes, mas também por algumas das técnicas que foi usando em sintetizadores imensos que funcionavam também como recurso estético.
Editou mais de 40 álbuns, entre gravações originais, discos ao vivo e bandas, tendo feito inúmeras colaborações, uma das mais recentes com o compositor Hans Zimmer, para o filme Duna (2021).
É fácil perceber a sua influência em parte da produção electrónica cósmica dos últimos anos – de Oneohtrix Point Never a James Holden.
Em 2013 havia comunicado a sua retirada dos palcos e preparava-se para lançar um novo projecto, Deus Arrakis, que deverá chegar ao mercado ainda antes do Verão.
Klaus Schulze deixa a mulher, dois filhos e quatro netos.