domingo, 29 de abril de 2012

Kraftwerk Sónar Brasil






Depois de arrebatar público e crítica no MOMA em NY, Kraftwerk fará estreia exclusiva na América do Sul de show antológico no Sónar São Paulo, no próximo dia 11 de maio.

O Sónar São Paulo tem o enorme prazer em anunciar o reverenciado grupo alemão Kraftwerk, o mais importante artista de toda a esfera da música contemporânea, como o headliner do primeiro dia do festival – 11 de maio.

Em atividade desde 1970, o Kraftwerk, famoso no mundo inteiro por conta de suas performances audiovisuais, fará no Sónar São Paulo um show especial em 3-D, uma experiência inédita no Brasil e que por enquanto só foi vista em Nova Iorque.

A banda que melhor soube prever o futuro do pop, desde 2005, quando fizeram uma performance em plena Bienal de Veneza, tem sido convidada para se exibir no contexto das artes visuais, especialmente museus. Mas nada se compara ao tratamento dado há cerca de duas semanas (10-17 de abril) pelo prestigiadíssimo Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMa), quando durante 8 noites consecutivas, o Kraftwerk apresentou no átrio do museu o projeto “Retrospective 12345678", no qual apresentaram seu repertório completo – na íntegra e em ordem cronológica – e com acompanhamento visual em 3-D. Essa série de 8 shows foi vista por um público bastante reduzido, fazendo dela a mais disputada de todo o ano, por enquanto.

Kraftwerk é um dos nomes mais influentes não só da música dos últimos 40 anos (em especial o hip-hop e a eletrônica), mas de toda a arte contemporânea. Seus oito álbuns de estúdio – Autobahn (1974), Radio-Activity (1975), Trans-Europe Express (1977), The Man-Machine (1978), Computer World (1981), Techno Pop (1986), The Mix (1991) e Tour de France (2003) – são mais do que clássicos: são verdadeiros hinos da história recente mundial.

Formado por Ralf Hütter e Florian Schneider em 1970, na cidade de Dusseldorf, na Alemanha, em cerca de 5 anos o grupo já havia alcançado amplo reconhecimento internacional. Suas revolucionárias “pinturas sonoras”, sua experimentação musical com sintetizadores, composições com rítmos robóticos, técnicas avançadas de loop e os temas que anteciparam o impacto da tecnologia na arte e no cotidiano, influenciaram os mais variados artistas, nomes como Afrika Bambaataa, Devo, Depeche Mode, FatboySlim, Chemical Brothers, Jay-Z e LCD Soundsystem – só para ficar entre aqueles que já samplearam o Kraftwerk em suas músicas.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

A balada do Kraftwerk no Rio de Janeiro - 1998



Contrariando a fama de frios e diferentes dos popstars em geral, os integrantes do Kraftwerk, sobretudo o líder Ralf Hütter, quando passaram pelo Rio de Janeiro, foram muito atenciosos com os fãs e DJs que os procuraram. Hütter, já havia acertado comigo, desde a entrevista para a DJ World, que queria conhecer a noite carioca. Quando ele chegou ao Brasil, logo rolou um encontro nos escritórios da EMI-odeon. Lá, Ralf confirmou sua vontade de sair para conhecer a noite, o que aconteceu no mesmo dia.

Após jantarem num restaurante italiano na lagoa, o quarteto  impecavelmente vestido com ternos clássicos de cortes italiano, deram uma “esticadinha” na festa febre, especializada em Jungle/Drum and Bass.  Como ainda era cedo (uma da manhã!), a Guetto, onde acontece a festa, estava vazia. Eles conversaram um pouco (contaram que no dia seguinte iam fazer um passeio turístico pela floresta da tijuca), observaram a pista de dança, e se retiraram.

Em seguida, foram até a nova casa Bunker, em Copacabana, onde acontecia a noite Jam Blaster (Black Music) Gostaram mais desta casa, que é a maior e estava mais animada, e ficaram algum tempo no local. Depois tiveram de se recolher, pois no dia seguinte haveria o passeio e também o show, que alias, foi um dos melhores shows de qualquer tipo de musica já apresentado no Brasil desde a época do descobrimento.

Na sexta-feira à noite (16 de outubro), após encerrarem o show, chamaram amigos até o camarim para despedidas. Lá, bastante animado, Ralf contou que pretende voltar ao Brasil para uma turnê por outras capitais, caso isso seja possível. Mas foi enfático ao afirmar que, com ou sem show, voltará para conhecer Brasília e sua arquitetura futurísticas (seu sonho era fazer um show do Kraftwerk na catedral da cidade) e fazer um passeio pela floresta amazônica.


Após descansar do show, Hütter foi até o Main Stage e assistiu a uma parte da apresentação do Massive Attack incógnito. Depois, voltou para o Hotel Ipanema com seus companheiros de grupo e embarcou para São Paulo na manhã seguinte. Os Homens-Máquina se mostraram bem humanos que a maioria dos rockstars brasileiros....  







quinta-feira, 19 de abril de 2012

Kraftwerk Moma



NOVA YORK - Kraftwerk é música de museu, e a afirmativa não é anacronismo gratuito. A banda que melhor soube prever o futuro do pop apresentou, por uma semana, seu repertório completo no átrio do Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA). 

Criadores do synth-pop e avôs da eletrônica, eles se tornaram o primeiro grupo de música popular a receber de uma instituição artística de prestígio planetário o tratamento dado a medalhões das artes plásticas em mostras definitivas. "Retrospectiva 12345678" se tornou o evento da primavera, com os ingressos mais disputados da atual temporada cultural da cidade. 

Para a derradeira apresentação, na noite de terça-feira, cambistas vendiam por US$ 500 entradas que, em fevereiro, a US$ 25, esgotaram-se em menos de uma semana. Além da possibilidade de revisitar clássicos como "Autobahn" e "Trans-Europe Express", o curador Klaus Biesenbach, diretor do PS1, espaço de arte contemporânea do MoMA, providenciou um luxuoso acompanhamento visual em 3-D. 

O público, 450 felizardos por noite, foi convidado a se imaginar no mitológico estúdio Kling Klang — localizado na parte industrial de Düsseldorf, na Alemanha, onde a banda gravou seus oito trabalhos principais, entre 1974 e 2003 — enquanto se deliciava com uma pequena rave em um dos mais nobres endereços de Manhattan. "A ideia é que você esteja no MoMA, junto com o artista, fazendo arte", afirmou Biesenbach ao anunciar a retrospectiva. 

Se não chegou a tanto, o público de terça-feira dançou por duas horas, ensaiou coreografias, brincou com os datados óculos 3D de cartolina branca e ocupou, para desespero dos seguranças, as passarelas do terceiro e do quarto andares, com vista privilegiada para o átrio. Uma das principais novidades da expansão do museu, idealizada pelo japonês Yoshio Ta$. O espaço, com pé-direito de 33,5 metros, nunca foi ocupado de maneira tão plena. 

Um DJ do Brooklyn definiu a noite como "uma grande instalação artístico-musical": — Vi o espetáculo da boca do palco, depois fui para a lateral, na esquina da lojinha do segundo andar, e, por fim, observei tudo de cima, nas passarelas. A única coisa que não fiz foi deixar o gravador de meu celular desligado. Esta música, quero guardar para sempre — contou, imaginando usar um dia um sample dos alemães, como já fizeram, com mais ou menos sucesso, gente como Afrika Bambaataa, Big Audio Dynamite, Devo, Depeche Mode, Fatboy Slim, Chemical Brothers, DJ Shadow, Jay-Z, LCD Soundsystem e Fergie, entre muitos outros. 

A primeira parte da instalação musical de terça-feira foi dedicada a "Tour de France", as 12 faixas do disco apresentadas na íntegra sob a batuta do ciclista Ralf Hütter, 65 anos, o único remanescente da formação original do Kraftwerk. Ele dividiu o palco com o careca Henning Schmitz, 59, o grisalho Fritz Hilpert, 55, e o louro Stefan Pfaffe, 32. Desde o primeiro som os quatro foram acompanhados por sombras em tamanho gigante de si mesmos, projetadas na tela. 

Os efeitos gráficos as transformavam em fantasmas sacolejantes, contrapostas aos corpos robóticos e quase mudos dos músicos de carne e osso. Além dos poucos efeitos vocais e de imagem criados pelos quatro "operadores" (como preferem ser chamados) a partir dos enormes consoles localizados à frente dos artistas, o público recebeu um "até breve" de Hütter ao fim da maratona eletrônica. E só. 

O resto foi música. Na expressão cunhada por Biesenbach, compatriota de Hütter e fundador do Instituto de Arte Contemporânea de Berlim, o som do Kraftwerk é uma "pintura musical" criada a partir de sugestões melódicas, vocábulos oriundos de diversas raízes linguísticas, ritmos robóticos e o uso originalíssimo de sintetizadores vocais. 

No MoMA, tal pintura se traduziu em trilha sonora de um indisfarçado saudosismo pela modernidade. Faixas dos outros discos do Kraftwerk — "Autobahn" (1974), "Radio-Activity" (1975), "Trans-Europe Express" (1977), "The Man-Machine" (1978), "Computer world" (1981), "Electric Café/Techno pop" (1986) e "The mix" (1991) — foram apresentadas na ordem e levaram o público a expressões de êxtase que contrastavam com a fleuma dos músicos. 

Um Fusca cinza apareceu na tela que tomou forma de um gigantesco videogame a guiar o público por uma estrada em "Autobahn". À viagem por campos e parques industriais seguiram-se o trem de "Trans-Europe Express", em que as únicas luzes estão nas cabines dos vagões, o sol negro do gerador nuclear de "Radio-Activity" e as notas musicais em tamanho gigante que voavam sobre a plateia em "Techno pop". KGB, Hiroshima, robôs, o bate-estaca industrial, arcaicos computadores pessoais. 

O mundo ocidental do século passado atravessou a passarela no museu das grandes novidades da "Retrospectiva 12345678". A vanguarda que ele um dia representou é hoje o lugar-comum da música popular. 

Enquanto o novo disco, prometido para este ano, não sai do alto-forno de Kling Klang, quem passar por Nova York até maio ainda pode aproveitar os oito vídeos selecionados por Biesenbach em exposição no PS1, no Queens. É música de museu, no melhor dos sentidos.


terça-feira, 17 de abril de 2012

Dj Party






















quinta-feira, 12 de abril de 2012

Moma Radio-Activity



Pequeno vídeo feito pela revista Americana Rolling Stone sobre a segunda apresentação do kraftwerk no MoMA

Sex Object


Casal troca ingresso de show do Kraftwerk por sexo


Está na Craiglist, a principal rede de anúncios dos EUA.

Antes, um pouco de contexto. Talvez o principal nome da história da música eletrônica, a banda alemã Kraftwerk anunciou em janeiro que iria se apresentar por oito noites consecutivas no MoMA, o museu de arte moderna de Nova York.

Na série “Kraftwerk-Retrospective 1 2 3 4 5 6 7 8?, o grupo mostra em cada noite as músicas de um de seus discos. Os shows começaram em 10 de abril e vão até o próximo dia 17. Os ingressos evaporaram assim que foram colocados à venda.

Na apresentação desta sexta-feira (dia 13), o Kraftwerk apresentará as faixas do disco “The Man Machine” (1978). Um casal nova-iorquino colocou um anúncio no Craiglist “vendendo” um par de ingressos. Eles dão as entradas para um outro casal, com algumas condições.

Resumindo:o casal tem de ser “muito bonito”; tem de alugar uma limusine para ida e volta do show; a limo deve estar equipada com “requisitos necessários” para iniciar e terminar uma “noite épica” (o anunciante diz que explica melhor por e-mail); tem de se sentir confortável com “soft swap” (no mundo dos swingers, casais que trocam de parceiros, mas nada de sexo hardcore).

A história chegou até ao espanhol El País. Abaixo, para entrar no clima, o Kraftwerk com “The Model” ao vivo, em São Paulo, em 2009.



sexta-feira, 6 de abril de 2012

A caixa preta




Aproveitando a "Kraftwerk - Retrospective 1 2 3 4 5 6 7 8" que acontecerá no MoMa em abril de 2012, O kraftwerk resolveu lançar uma edição especial do Box Katalog que foi lançando em 2009. 

Essa edição especial contém os 8 principais álbuns (remasterizados) da banda alemã em uma caixa preta com tiragem limita de 2.000 cópias. 

Aparentemente, essa edição especial não é muito diferente da versão anterior, a não ser pela mudança da cor branca pela preta.

A edição especial será vendida exclusivamente através do  Moma.



quinta-feira, 5 de abril de 2012

A auto-estrada





Apesar de ser o quarto álbum do Kraftwerk, Autobahn é  considerado o verdadeiro ponto de partida da banda. Ralf Hütter e Florian Schneider tinham se conhecido em 1968 e formado grupo – e seu estúdio eletrônico experimental Kling Klang-  no início de 1970.

Depois de anos tocando no circuito universitário, em clubes e galerias de arte, onde aperfeiçoaram sua música, Ralf Hütter e Florian Schneider compuseram e gravaram a faixa-título “Autobahn” – uma sinfonia à base de sintetizadores -, numa parceria com o poeta e pintor Emil Schult. Inspirada pelas longas viagens nas auto-estradas alemãs, a música marcou a separação definitiva da banda e de seus colegas de Krautorock.

Em Autobahn, com a participação dos percussionistas Wolfgang Flür, e Karl Bartos, Hütter e Schneider cristalizaram o som primitivo e a imagem fria que se caracterizavam o kraftwerk.

O Álbum contém obras sublimes da “Electronic-Volks-Musik”, como as faixas “Mitternacht”, “Morgenspaziergang” e “Kometenmelodie”, mas a foi a faixa-título que se tornou o símbolo da carreira internacional do Kraftwerk.

O Álbum foi um sucesso nos Estados Unidos e na Europa e virou um marco do pop minimalista de vanguarda. Com disse Ralf Hütter, em 2003 “Em Autobahn, nós colocamos barulho de carros, metais, melodias básicas e motores afinados. Ajustamos a suspensão e a pressão dos pneus, rolamos pelo asfalto e usamos aquele som intermitente quando as rodas passam por cima das faixas. É uma poesia sonora, muito dinâmica.”

Autobahn é cinema para os ouvidos.

“As vezes, eu sinto o gosto dos sons. Há mais sensações do que aqueles captadas pelo ouvido. O corpo inteiro pode sentir os sons.” Florian Schneider, 1975

Fonte: 1001 Albums You Must Hear Before You Die





quarta-feira, 4 de abril de 2012

UMF Miami 2012



Kraftwerk's Setlist 

Numbers
Computer World
We Are the Robots
Planet of Visions
Autobahn
Tour de France
Computer Love
Radio-Activity
Trans-Europe Express
Home Computer
Music Non Stop